Acesso do Associado
Notícias
OMS quer monitorar doadores de sangue
SINDHOSPI

20 de fevereiro de 2016

Hemocentros são orientados a investigar sinais do zika durante 14 dias antes de autorizar transfusões.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou recomendações preliminares para os serviços de transfusão de sangue em regiões afetadas pelo vírus zika, como o Brasil. Uma das recomendações é que os bancos de hemoderivados façam um monitoramento dos doadores até 14 dias após a coleta. Se, durante o período, eles não apresentarem qualquer sinal da doença, o sangue deverá ser liberado para transfusão. No Brasil, o prazo hoje é metade do sugerido: sete dias.

Em nota, o Ministério da Saúde afirmou que “cada país tem autonomia para adotar critérios de triagem para candidatos à doação de sangue que se adequam à sua realidade”. E acrescentou que, diante da epidemia de microcefalia associada ao zika, reforçou a orientação aos hemocentros para que inabilitem candidatos que relatarem sintomas de doenças infecciosas nos 30 dias anteriores. Na recomendação da OMS, esse período é ligeiramente menor, de 28 dias.

Apesar de considerar as medidas importantes, a própria OMS ressaltou, em um relatório técnico, que elas têm “baixo impacto” na redução da infecção de zika que se espalha pelo mundo. Um dos problemas apontados no informe é o índice pequeno, de cerca de 20%, dos infectados pelo vírus que apresentam algum tipo de sintoma. Entre os mais comuns estão febre, dor no corpo, manchas na pele e conjuntivite não purulenta.

A OMS justifica a necessidade de reforçar medidas de controle citando o primeiro caso de transmissão do zika por transfusão, relatado pelas autoridades brasileiras. O doador, um homem de 20 anos, apresentou os sintomas três dias depois de doar o sangue, em abril de 2015. Na ocasião, a doença foi tratada como dengue, devido à semelhança do quadro clínico.

O paciente politraumatizado que recebeu o sangue, até então acima de qualquer suspeita, apresentou queda de plaquetas, que não era compatível com a sua condição de saúde. A partir daí, o Hemocentro da Universidade Estadual de Campinas rastreou as bolsas do sangue transfundido. Foram analisadas 18 amostras. Em uma delas, que correspondia ao homem que acreditava ter tido dengue logo depois da doação, o resultado deu positivo para zika, levando a instituição a confirmar a contaminação via transfusão de sangue.

Fonte: O Globo/RJ: 22/02/2016

 

Últimas Notícias
COPYRIGHT © SINDHOSPI 2015
RUA 1 DE MAIO, N 687, CENTRO - TERESINA - PI
FONE: (86) 3221-6742 / Fax: (86) 3221-8292
administrativo.sindhospi@uol.com.br
juridico.sindhospi@uol.com.br
sindhospi@uol.com.br